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O mercado da perspectiva de uma Designer autônoma, por Sabrina Carrard

Minha carreira como autônoma começou há alguns anos, e de uma maneira totalmente não planejada.

Na época, eu tinha o meu emprego dos sonhos: era designer de materiais didáticos infantis, em uma empresa legal, em ambiente gentil e um bom salário. Quando desligaram a equipe, eu precisei buscar por outra posição, mas os outros lugares não pareciam tão simétricos ou tão saudáveis quanto ao que eu já estava. Então eu simplesmente decidi seguir o fluxo.


Este fluxo foi ter uma carreira independente. O ano era 2016 e o mercado era um pouco diferente: a cultura das agências era outra, as formas de contratações, de cobrança e de regime de trabalho também. Ao longo desses anos eu vi as dinâmicas se modificarem, e essas são as coisas que eu posso te contar sobre esse mercado:


🙌 01. Vai dar tudo certo.

Eu sei que começar um texto falando algo tão sentimental, talvez pareça tão profissional. Porém várias vezes eu quis ouvir isso, e não tinha de onde escutar. A instabilidade da carreira autônoma é uma realidade, mas você vai entender que existe sim um fluxo e um ritmo. Ele é um pouco diferente da nossa ideia sólida de um salário caindo todo quinto dia útil do mês, mas ela pode ser construída. Pense que todas as pessoas que você conhece e todos os lugares por onde você passou formam uma rede de contatos e também são provas do seu talento. A sua capacidade não está atrelada a um CNPJ e sim a um CPF, o seu.


💡02. Faça um plano de carreira

Nós somos culturalmente acostumados a seguir um plano. Por exemplo, ir a escola, depois a faculdade e então arrumar um emprego. Nesse emprego, vai existir uma pessoa validando a sua progressão profissional e te remunerando para seguir em frente. Acontece que agora esta pessoa é você. Precisar se reconhecer e se validar sem ter um parâmetro próprio, pode ser muito cruel. Tente entender desde cedo o que é sucesso pra você, e ao que ele está atrelado. Ter sucesso é ter bens materiais? É trabalhar com grandes marcas? Com causas sociais? Trabalhar menos? A almoçar com a sua família? Não importa, qualquer motivação é válida, desde que ela seja sua.


🔉 03. Mantenha seus contatos

Por mais que você não esteja no mundo corporativo, de certa forma você ainda depende dele. Uma carreira autônoma é como correr um corrida sem patrocinador, ou seja, ainda existe uma corrida e outros competidores. Por isso é sempre bom manter um currículo atualizado, portfólio afiado, linkedin movimentado, dar aquele oi pra galera. Esses passos são importantes pra conseguir fazer novos contatos, estar integrado a comunidade e prospectar trampos. Assim todo mundo consegue participar dessa maratona, cada um a sua velocidade.


💵 04. Organize sua vida financeira

Tenha uma conta PJ, mesmo sendo uma “eupresa”. Isso ajuda a gente entender melhor a entrada de dinheiro e também nos da uma sensação de controle de gastos. Existem também modelos na internet para gerenciamento de dinheiro para pessoas freelancer, que dão uma ideia de como funciona um fluxo de caixa de uma empresa simples. Além disso, saiba o quanto é o mínimo que você precisa pra pagar suas necessidades básicas, seu décimo terceiro e férias. Como assim férias? Você quer descansar não quer? Então, isso também depende de você.


🗓️ 05. Crie seu método de organização

Nem todo mundo é criativo ou ativo nos mesmos horários. É bom tentar se observar para conseguir montar uma rotina que seja consistente e faça sentido respeitando quem você é. Eu, por exemplo, sou uma pessoa matutina, então coloco todas as atividades que são prioridades pessoais logo pela manhã. Assim eu sinto que já começo o dia cumprindo meu maior compromisso, que é comigo. É importante também delimitar qual o seu período de trabalho. Tudo bem se precisar trabalhar a mais de vez em quando, mas você não precisa trabalhar o tempo todo e nem responder instantaneamente. O tempo que você está online não é indicador da sua agilidade ou competência.


👯‍♀️ 06. Procure por grupos como você

Sabe aquela coisa: é difícil fazer amigos depois de adulto? Pois é, é difícil mesmo. E sem trabalhar em equipe, a chance de você conviver só com seu pet aumenta muito. Por isso a minha sugestão é montar a sua própria equipe. Juntar pessoas que tem o mesmo funcionamento profissional que você e trocar informações sobre o que esta acontecendo. Isso me ajudou muito a crescer vendo as coisas de outros ângulos, me sentir menos sozinha e até pode comemorar quando algo dá certo. Formando o seu grupinho, você diminui a chance de ficar estagnado e aumenta a possibilidade de fazer aquela rádio peão virtual (bom demais).


Espero que esse post ajude você!

Um beijo, Sabrina.


 








Sabrina Carrard é designer, especialista em marcas, editorial e contar fofoca. Além disso é uma freelancer que gosta de ler, viajar e passar tempo com seus cachorros.

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Mayara Gabriel
Mayara Gabriel
22 de nov. de 2023
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